Camisas que não vão para a Série B

Casos de Santos, River Plate e conceito para clubes

O Santos foi rebaixado pela primeira vez. E o novo presidente do clube anunciou que a camisa 10 não será usada durante a Série B como homenagem a Pelé: a 10 só pode ser usada na elite! Pelé que, diga-se, não queria que sua camisa fosse aposentada, mas como essa não é uma aposentadoria definitiva, achei justa a homenagem.

Isso me fez lembrar do caso em 2011 da campanha de torcedores do River Plate para mudar a camisa do clube enquanto ele estivesse na segunda divisão argentina. Vamos conferir um pouco mais na sequência sobre esse caso e fazer um exercício para ver como os 12 grandes brasileiros poderiam mexer nos seus uniformes para “poupá-los” do rebaixamento.

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Um “novo” escudo para o Grêmio

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Sugestão de pequena atualização no tricolor

O “novo” no título está entre aspas porque na verdade a proposta é apenas uma leve atualização no escudo atual, que manteria intacta a tradição do clube. Quando eu fiz um exercício de redesenhar os escudos de vários clubes do Brasil, a ideia era apresentar conceitos diferentes do que existe hoje, mas desde aquela época eu fiz um ajuste na fonte do escudo do Grêmio que já havia considerado que seria muito bem-vinda no próprio escudo original.

Chegou a hora de tirar essa ideia do papel. Confira os detalhes na sequência.

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Curtinha: goleiro de um, camisa de outro

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A camisa de Manga, mas usada por Oso

Essa é dica do leitor William. Nessa foto, o escudo na camisa do goleiro é do Grêmio, mas não é o time de Porto Alegre jogando com um uniforme improvisado auriazul. Esse é o Rosario Central em 1980. O goleiro Ricardo “Oso” Ferrero trocou de camisa com Manga, lendário goleiro brasileiro, em uma partida entre Rosario e Grêmio de 1979. Oso não só gostou do presente, como resolveu usá-la na temporada seguinte. Deu sorte: o Rosario foi campeão argentino.

E o detalhe: ele usou a camisa inclusive numa partida contra o próprio Grêmio. Sim, os atacantes do Grêmio tinham que bater um goleiro que levava o escudo do seu próprio time no peito. Retratos de uma época: a camisa que Oso usava era sua (propriedade particular, não do clube) e não tinha pressão alguma por exposição de marcas.

Goleiros dentro e fora do padrão – Parte 2

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Por uniformes mais uniformes, mesmo para os goleiros

Depois da quebra de padrão do Émerson Leão, vamos a quem pede o contrário. O site “Museum of Jerseys” defende em uma série de artigos diferentes um conceito interessante: o uso de uniformes de goleiro que mantenham alguma relação com o uniforme dos jogadores de linha. E digo que eles fazem isso numa série de artigos porque não existe um explicitamente reunindo a ideia, mas eles sempre fazem isso quando a oportunidade aparece. Inclusive, isso dá uma mostra de várias interpretações do conceito, como veremos a seguir.

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Meião, calção, camisa e gravata no Brasil

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Também teve uniforme às antigas por aqui

A gente mostrou há um tempo um dos primeiros uniformes da Juventus, que tinha camisa rosa, gravata e faixa na camisa (clique aqui). Mas esse estilo também pôde ser visto no começo do século aqui no Brasil.

Em reunião realizada pelos fundadores do Grêmio em 1903 especificamente para definir as cores do clube, ficou definido que os players usariam: “boné, calções e meias pretas, gravata branca, botinas claras e camisas com listras horizontais em azul e havana¹, além de uma faixa branca na cintura”.

Além dos acessórios bem característicos de antigamente (boné) e outros nem tanto (gravata e faixa na cintura), impressiona a riqueza de detalhes: enquanto alguns clubes deixavam até a cor de calções e meiões livres, no Grêmio até o tom das botinas era determinado.

1: Nota do UCFC: havana é um tom de marrom, conforme a foto.

Fonte: Grêmio 1903