Fifa mais aberta a uniformes tradicionais
Após a Copa de 2014, em que a monocromia foi bastante estimulada, e a Copa de 2018, em que a Fifa quase deu um tour completo por todas as camisas titulares e reservas das equipes, parece que neste ano voltamos ao bom senso e os times usarão muito mais seus uniformes tradicionais.
Depois que o Equador entrou em campo na estreia com calções e meiões alternativos sem a menor necessidade, até rolou um susto que voltaríamos ao padrão de 2014, mas a previsão de uniformes utilizados na primeira fase mostra outra história, com as seleções usando bem mais não só suas camisas um, como seu uniforme um completo, como aconteceu com Austrália e França (acima um comparativo de como a Fifa os mandou a campo em 2018 e agora em 2022).
Conflito cruzado de peças (quando um time não pode usar calção branco porque o outro está de camisa branca, por exemplo), parece ter ficado no passado.
Fifa nada aberta a protestos
Por outro lado, a Fifa demonstrou mão firme para barrar qualquer demonstração que pudesse irritar os anfitriões. Uma bastante falada foi a proibição das faixas de capitães em apoio ao respeito pela população LGBTQI+. Mas o grande alvo mesmo foram os dinamarqueses.
Além de vetar uma camisa de treino da equipe que vinha com a mensagem “DIREITOS HUMANOS PARA TODOS”, ela também exigiu que alguma identificação do país fosse visível na camisa, o que enfraquece o conceito dos seus uniformes com escudos que “não querem aparecer no Catar”. A solução encontrada foi o uso da bandeira no peito.
No final, sobrou até para a palavra “LOVE” que vinha na nuca do uniforme reserva belga. No caso não que a Fifa tenha algum problema com a palavra em si, mas como ela quer ser rigorosa com os outros, não pode abrir nenhuma exceção, e seu regulamento de uniformes não permite incluir nada escrito que não seja identificação oficial do país/federação.
Juízes com nome na camisa
Para terminar com um ponto positivo, os juízes têm uma novidade interessante nos seus uniformes: agora também eles têm seus nomes nas costas das camisas. Aplicado de maneira discreta na nuca, fica uma bela homenagem sem comprometer o visual sóbrio dos “homens de preto”.
E, por falar nesse apelido, nas primeiras oito partidas eles estiveram de preto em seis oportunidades. Mais uma mostra que a Fifa parece focada em combinações mais tradicionais de uniformes. Quanto às outras cores, vale destacar que o padrão atual da Adidas trocou o azul pelo roxo como uma das cinco cores disponíveis (cor que estreou em Argentina e Arábia Saudita).
E mais: juiz com dados do jogo na final
Para completar o bom trato dado aos uniformes dos juízes nessa Copa, a equipe de arbitragem da final recebeu camisas que, além de seus nomes nas costas, tinham como personalização os dados do jogo na frente, com equipes, data e local. Ficou bacana, embora a gente xingue os árbitros, eles merecem. 😅